terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Conhecendo a sindrome






Síndrome de Tourette



A síndrome de Tourette, também conhecida como síndrome de la Tourette (SGT ou ST), é um distúrbio neuropsiquiátrico que caracteriza-se por múltiplos tiques, motores ou vocais, que perdura por mais de um ano e normalmente instala-se na infância. Foi primeiramente descrita em 1825, pelo médico francês Jean Marc Gaspard Itard, responsável por diagnosticar a afecção na Marquesa de Diampierre. Contudo, foi apenas em 1884 que esta doença foi denominada síndrome de Gilles de la Tourette, quando o estudando de medicina Gilles de la Tourette publicou um relato da patologia.
O número de casos dessa doença tem sido crescente, sendo provavelmente em conseqüência da maior disponibilidade de informações e conhecimentos sobre a enfermidade, por parte das equipes de saúde responsáveis por diagnosticá-la.
Normalmente, a síndrome inicia-se durante a infância ou juventude de um indivíduo, ocasionalmente tornando-se crônica. No entanto, habitualmente durante a vida adulta, os sintomas tendem a amenizar.
Na grande maioria dos casos (80%), a manifestação clínica inicial da doença são os tiques motores. Estes englobam piscar, franzir a testa, contrair a musculatura da face, balançar a cabeça, contrair em trancos os músculos do abdômen ou outros grupos musculares, bem como outros movimentos mais elaborados, como tocar ou bater em objetos que se encontram próximos.
Também  existem os tiques vocais, que abrangem ruídos não articulados, como tossir, fungar ou limpar a garganta e emissão parcial ou total de palavras. Em menos da metade dos casos, observam-se a coprolalia e copropraxia, que é a utilização involuntária de palavras e gestos obscenos, respectivamente; a expressão de insultos, a repetição de um som, palavra ou frase referida por outra pessoa, que recebe o nome de ecolalia.
O diagnóstico é apenas clínico, sendo baseado nos seguintes critérios:
  • Presença de tiques motores múltiplos e um ou mais vocais durante a síndrome, não necessariamente simultaneamente;
  • Ocorrência de tiques diversas vezes ao dia, quase que diariamente, ou intermitentemente, por mais de um ano;
  • Com o passar do tempo, varia a localização anatômica, o número, a frequência, complexidade, tipo e gravidade do tiques;
  • Início na infância ou adolescência (antes dos 18 anos de idade);
  • Inexistência de outras condições médicas que esclareçam os movimentos involuntários e/ou as vocalizações;
  • Testemunho ou registro de tiques motores e/ou vocais.
Não existe cura para essa desordem, mas há controle. Pesquisas têm evidenciado a importância da utilização de uma forma de terapia comportamental cognitiva, chamada de tratamento de reversão de hábitos. Esta baseia-se no treinamento dos portadores da síndrome para que monitorem as sensações premonitórias e os tiques, com o objetivo de revidar com uma reação voluntária fisicamente incompatível com o tique.
Alguns fármacos antipsicóticos têm mostrado resultados positivos na diminuição da intensidade dos tiques, quando sua periodicidade se traduz em prejuízo para a autoestima e aceitação social. Em determinados casos, no qual os tiques são bem localizados, pode ser feito o uso da toxina botulínica.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Síndrome_de_Tourette
http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol32/n4/218.html
http://www.scielo.br/pdf/rbp/v21n1/v21n1a10.pdf
http://www.drauziovarella.com.br/Sintomas/6422/sindrome-de-tourette

O desconhecimento da sindrome


      Meu nome é Sandra Almeida sou Terapeuta Ocupacional, entrei no mundo infantil através de meu neto,quando ele tinha 6anos percebemos que fazia uns ruídos, gritava, fazia caretas,porem muito educado, inteligente,comunicativo,em alguns momentos voltava a apresentar tiques nervosos como caretas e gritos como se estivesse vivenciando um personagem dos filmes infantis que assistia, hoje com 7 anos continuam os sinais, fomos ao Neurologista, ao Psicólogo e esta confirmado a síndrome de  La Tourette. Para chegarmos aqui foi muito dificil pela discriminação que passamos na escola, principalmente pelas rotulações que recebia dos colegas, professores, pessoas que se diziam preparados para vivenciarem o processo de inclusão.
    Criei este blog para entrar na luta contra uma síndrome genética que invadiu o meu mundo, minha família. Como Terapeuta estou montando um plano terapêutico, melhor dizendo continuando um plano de atividades onde o uso das novas tecnologias já faziam parte do seu mundo infantil, jogos, quebra-cabeça, pintura em tela, e agora partindo pra música, pois acredito na musicoterapia como um recurso terapêutico. 
     Você que conhece alguma criança, ou que tem na família alguém que tenha o diagnostico de La Tourette, e que não sabe como se conduzir, aqui encontrará as respostas para enfrentar este momento dificil. Juntos lutaresmos para encontrar respostas e caminhos.
Dra. Sandra Almeida
Terapeuta ocupacional