12/03/2011 - Jornal Tribuna do Norte.
Sara
Vasconcelos da Tribuna do Norte.
Inclusão. No Dicionário Aurélio a definição é
simples: “Ato ou efeito de incluir”. Mas quando associada ao termo “escolar”, o
verbete ganha uma conotação complexa, ancorada nas muitas precariedades do
sistema nacional de educação: escolas inadequadas, profissionais sem
capacitação e, pior, preconceito. E se para incluir no ambiente escolar é
preciso transpor barreiras e penetrar num mundo fechado e silencioso, como é o
do muitas crianças mesmo sem diagnostico,porem com sinais e sintomas das mais
diversas síndromes .
A simplicidade da descrição citada lá do início,
não expressa a realidade enfrentada por pais e alunos com deficiência que
buscam vaga em escolas regulares.
A educação inclusiva, de acordo com as diretrizes
do Ministério da Educação (MEC), busca permitir a estudantes com qualquer tipo
de deficiência, física ou mental, o convívio com demais alunos nas escolas de
ensino regular, sem qualquer tipo de discriminação. O projeto de inclusão é
muito bonito no papel, mas não funciona. Na verdade nem o Estado, nem a rede
privada estão capacitados.
Incluir não é só oferecer vaga.
Educar e integrar é a missão da educação inclusiva.
Mas o entendimento parece ficar pela metade. Em geral, avalia a doutora em
educação especial e professora do Departamento de Educação da UFRN Débora
Nunes, o conceito se prende a oferta de vagas em escolas regulares, mas não
garante a permanência do aluno em sala de aula. Nos últimos tempos temos
recebido mais denúncias e reclamações sobre problemas ocorridos em escolas
envolvendo a educação de crianças e adolescentes com deficiência. A sociedade
não pode mais esperar que as escolas se sintam preparadas para, então,
começarem a receber alunos com deficiência. Elas têm a obrigação de receber os
referidos alunos e de lhes ofertar todo o apoio necessário para que possam
aprender e se desenvolver. É isto que garante a nossa Constituição Federal.